92. O DESESPERO DE CLARK
A cidade de Nova Iorque seguia seu ritmo frenético, mas para Clark Johnson, o tempo parecia ter parado. O telefone em sua mesa vibrou, e ele, sem muito interesse, atendeu distraidamente. No entanto, assim que ouviu a voz aflita do motorista de Dominic do outro lado da linha, seu corpo inteiro ficou tenso.
— Senhor Johnson! Seu pai… Ele foi baleado! — a voz do motorista tremia. Era evidente que o homem estava em pânico. — Dois tiros! Ele está sendo levado para o hospital agora!
Clark sentiu o sangue gelar. Um choque percorreu sua espinha, deixando-o sem ar por um instante.
— O quê?! — Ele se levantou bruscamente da cadeira, quase derrubando alguns papéis da mesa. — Onde ele está?
— Hospital Presbiteriano! A ambulância acabou de sair!
Clark não precisou ouvir mais nada. Desligou o telefone e saiu da sala em disparada.
A assistente, Lessa, que estava do lado de fora, o viu sair e percebeu o pânico em seu rosto.
— Senhor Johnson, está tudo bem?
— Não! Ligue para a Aline e avise qu