O céu de Chicago amanheceu cinzento, como se a cidade pressentisse que algo se aproximava. Isabella olhava pela grande janela de vidro da suíte enquanto o vapor da xícara de café subia lentamente entre seus dedos. O corpo ainda sentia o impacto da noite anterior — do jeito como Dominic a tocara, como se seu toque pudesse protegê-la do mundo lá fora. Como se, naquele momento, só existisse eles dois.
Mas agora, com a cabeça mais fria e o coração batendo firme, ela sabia que era hora de agir.
Atrás dela, Dominic se aproximou, já vestido com uma camisa branca impecável e os cabelos levemente úmidos. Passou os braços ao redor da cintura dela e a beijou no pescoço, devagar.
— Você está tensa — murmurou.
— É o que acontece quando você vai enfrentar um império corrupto, amor — respondeu, apoiando a nuca no ombro dele. — Estamos cutucando cobras, Dominic. E cobras mordem.
— Mas nós sabemos onde elas se escondem agora. E a Rachel vai nos ajudar a queimá-las.
Ela se virou, segurando o rosto dele