Severino apresentava um rosto sombrio, franzia a testa e, sem mais nada dizer, se virou e foi embora.
O quarto mergulhou em um silêncio profundo, e o som do monitor cardíaco parecia ainda mais agudo.
Davi deixou a carta de lado, com os olhos avermelhados fixos em Nicole. Após alguns segundos, uma voz rouca e tensa rompeu o silêncio entre seus dentes cerrados:
— Nicole, isto é o seu amor?
Ela havia renegado seus votos, abandonado ele, deixando-o com toda a dor!
Mas ele foi torturado assim!
Ele a odiava profundamente!
O ódio era insondável!
— Sr. Davi. — Bianca apareceu na porta, seu olhar complexo fixo em Davi. — Alguém acabou de trazer a bolsa da Sra. Nicole, disseram que são as coisas dela.
— Traga para cá.
Bianca entrou, colocando a bolsa sobre a cama, com um olhar de compaixão atravessado por complexidade, enquanto dizia:
— Sr. Davi, não sofra tanto, a Sra. Nicole te ama muito, certamente não gostaria de vê-lo assim.
"Sofrimento... O que é o sofrimento?"
Davi não sentia dor,