A chuva torrencial despencava sobre o cânion, enquanto o rugido do tsunami avançava no meio da terra que havia se aberto com os terremotos, trazendo consigo mortos, destruição e o amargo sabor do fracasso. O cheiro de sal, mofo e morte subia das águas. Tudo naquele lugar despertava em Darius memórias que nunca o abandonavam. Cinco anos haviam se passado desde a queda do reino de Nerevia. O equilíbrio do mundo começou a ruir. Desastres naturais passaram a acontecer constantemente. Primeiro vieram os vários terremotos, depois muitos tsunamis, furacões e cada vez mais fortes, mas certo dia veio desastres seguidos: o que devastou Vórtex. Ali, ele revivia uma a uma as razões que o mantinham de pé: a dor da perda, a culpa da impotência, a raiva pela injustiça de tudo que já aconteceu.
No alto do cânion, de frente para o mesmo mar que não protegeu seu reino e que engoliu sua moradia temporária e que levou seus colegas, Darius encontrava ali seu refúgio. Era naquele abismo azul e imenso que s