Mundo de ficçãoIniciar sessãoA noite chegou, mas não trouxe escuridão. O céu de Ignel estava tingido de um laranja doentio, iluminado por duas fontes de luz: o brilho eterno do vulcão e as chamas altas da grande pira funerária. A madeira estalava, consumindo os corpos dos amigos e colegas que não retornaram; o calor que emanava do fogo não aquecia, apenas lembrava a todos da fúria que os havia levado.
O silêncio era pesado, quebrado apenas pelo crepitar das chamas e pelos soluços contidos.
Darius estava ajoelhado na terra batida, um pouco afastado da multidão. O mundo ao redor não existia. Ele mal sentia o cheiro da fumaça ou o calor em seu rosto. A única realidade era a dor em seu peito, uma ferida aberta que tentava estancar apertando o tecido da própria roupa, como se pudesse esmagar o próprio coração para fazê-lo parar de doer.
— Desculpa... me desculp







