Enquanto isso, o relógio da prova avançava implacável. Dez horas haviam se passado desde o início, e os números frios dos sensores revelavam a verdade cruel: dos cinquenta e seis enviados, vinte já haviam perecido.
Na sala de observação, o Rei, Zayan e Luciel acompanhavam cada atualização que piscava incessantemente. Cada uniforme trazia sensores conectados às terminações nervosas dos participantes, registrando dor, veneno, temperatura corporal e até a causa exata da morte. Nenhum dos jovens sabia disso; talvez fosse melhor assim. Eram apenas peças em um tabuleiro, testadas até o limite. O futuro do reino estava em jogo, mas o futuro sempre cobrava sangue.
Zayan foi o primeiro a quebrar o silêncio:
— O que está acontecendo? Achei que teríamos perdas, mas não nesse nível… — Sua voz saiu pesada, o cenho franzido, como se tentasse decifrar o impossível. — Essas criaturas… são muito mais letais do que deveriam ser.
O Rei não desviou os olhos do painel, frio e concentrado:
— Não importa. I