Eu ainda sentia a pressão das palavras de Zane ecoando em minha mente, como uma melodia distante, mas constante. Aquelas palavras... "Estamos dispostos a esperar." Eu sabia que, de algum modo, ele falava a verdade. Eu podia ver isso nos olhos dele, naquele olhar profundo e paciente, como se estivesse disposto a me dar o tempo que eu precisasse, mas ao mesmo tempo, algo me dizia que o tempo, por mais que fosse um presente, também estava se esgotando.
Eu não queria continuar fugindo. Isso era certo. Não era justo com eles, nem comigo mesma. Mas o medo, o medo que parecia ter sido parte de mim durante tanto tempo, me segurava como correntes invisíveis. Eu queria me entregar, queria me abrir, mas ao mesmo tempo, não conseguia ver claramente onde isso me levaria. Eu estava tão acostumada a esconder minha vulnerabilidade, a me proteger de todo e qualquer tipo de dor, que a ideia de me expor totalmente a eles parecia impossível.
Eu caminhei de volta para a casa, os passos mais pesados do que