O silêncio na sala era profundo, quase opressor. Eu podia ouvir o som da minha respiração, rápida e irregular, enquanto meus olhos se fixavam no vazio diante de mim. A escuridão dentro de mim estava se tornando cada vez mais tangível. Não era mais uma sensação distante, uma força que eu podia ignorar. Não, agora ela estava lá, viva e pulsante, como uma extensão de quem eu era. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim se recusava a aceitar isso.
Eu não podia permitir que o medo me dominasse. Não podia deixar que a sombra me consumisse, como fizera com tantas outras antes de mim. Eles estavam certos. Eu não estava sozinha. E, mais importante ainda, eu precisava aprender a controlar isso.
— Ângela. A voz de Zane foi suave, mas firme, interrompendo meus pensamentos. Ele estava ao meu lado, seus olhos sombrios e preocupados, mas também havia algo mais ali. Uma confiança. Ele acreditava em mim. E, embora eu duvidasse de mim mesma, eu sabia que precisava encontrar uma maneira de confiar nele