ETHAN PETTERSON
— Nós já estamos casados.
Observei com satisfação o efeito cascata. A boca de Miranda se abriu e fechou como a de um peixe, a cor sumindo de seu rosto perfeitamente maquiado. Minha mãe, levou a mão ao peito, ofegante. Mas a reação mais interessante foi a do meu pai. Ele me encarou, com a testa franzida em concentração, e então um estalo de reconhecimento brilhou em seus olhos.
— Aquela notícia... — ele murmurou, mais para si mesmo do que para os outros. — Algumas semanas atrás. Saiu uma nota em uma coluna de fofocas, dizendo que você havia se casado no civil e havia até provas. Nós ignoramos. Dissemos a nós mesmos que era um absurdo, uma mentira da imprensa. — Ele me olhou, a decepção clara em seu rosto. — Você nunca se casaria sem a nossa aprovação, foi o que pensamos. Estávamos completamente enganados.
Eu dei de ombros. A aprovação deles era uma formalidade, não um pré-requisito. Eu deixei de pedir permissão para qualquer coisa no dia em que fiz meu primeiro milhão