Flávia
— Agnes, me ajuda por favor! — pedi entrando bruscamente na sala da minha amiga e sem pedir licença. Puxei uma cadeira e me sentei bem na sua frente. Ela me lançou um olhar estranho… estranho demais para o meu gosto.
— Salvar você de quê? — perguntou. Comecei a mexer nas minhas mãos de modo frenético.
— Não sei… de mim mesma, da minha cama, do gostoso do Oliver. — Comecei a enumerar, apontando cada dedo meu.
— Faz dias que eu não te vejo por aqui. Você está bem? — inquire e olha rapidamente a tela do seu computador.
— Não, eu não estou bem! — respondo quase que em desespero. Ela tirou os olhos do computador e me encarou especulativa.
— Náuseas? — indagou. Puxei a respiração.
— Também. — Agnes me olhou diminuto e com as sobrancelhas unidas.
— Já sei, não consegue dormir bem a noite. A gravidez está te incomodando. — Jogou mais uma sugestão e eu rolei os olhos para a minha amiga.
— Também.
— Mas não é muito cedo para incomodar? — questionou e eu bufei de modo audível.
— Não estou