A respiração de Selena acalmou-se lentamente, enquanto ela farejava à sua volta e aguçava a sua visão.
Será que a criatura que ela tinha sentido no parque a tinha seguido?
Para seu próprio conforto, e também por prazer, a sua casa ficava perto do enorme espaço verde, e até a sua própria casa estava rodeada de árvores que lhe alimentavam a nostalgia do que tinha perdido há tanto tempo.
Nunca se sentira em perigo, até àquela noite.
Agora, com a mente alerta, a sua mania de correr na solidão para libertar o excesso de energia parecia de repente sem sentido.
A lua, em todo o seu esplendor, numa plenitude quase fantasmagórica, ainda brilhava no céu.
Era mágica, e assombrosa, para a sua espécie.
Inevitável e vital.
Ela levantou-se cautelosamente, no meio do silêncio que a rodeava.
Ao contrário do que muitos poderiam acreditar ao conhecê-la superficialmente, ela vivia sozinha numa mansão modesta onde predominava um estilo semelhante ao do seu escritório, o cheiro a madeira, o minimalismo e a