Mia
O anúncio de Elijah, feito com a mesma frieza com que ele compraria uma empresa, me deixou sem ar.
— Você está sugerindo... uma estreia pública? Para me proteger das fofocas dela? — eu perguntei, ainda deitada sob o peso do seu corpo, a voz embargada pela incredulidade.
— Não é uma sugestão, Mia. É uma necessidade. E um prazer. — Ele desceu a cabeça e beijou meu pescoço, o toque me lembrando da intimidade que ele estava disposto a expor. — Camila quer controlar a narrativa. Nós vamos tirar isso dela. O segredo era uma trégua; a guerra exige uma declaração.
Eu lutei com o medo. O rótulo de "interesseira" seria oficial. Minha carreira estaria em risco imediato.
— Elijah, eu te disse o quanto isso me assusta! Isso destrói a minha credibilidade.
— Não. Meu silêncio destrói sua credibilidade. Minha reivindicação, não. Eles podem falar o que quiserem sobre quem eu escolhi para dormir, mas eles não podem dizer que você é uma "secretária oportunista" quando eu estou te apresentando