Elijah
Eu dirigi pela cidade, cego de fúria. Não pela ameaça ridícula daquele homem no bar, mas pela minha própria reação. Eu a agarrei. Eu a arrastei para fora como um selvagem, na frente do meu Diretor de Operações e da amiga dela. Eu, o homem que prezava o controle acima de tudo, tinha agido puramente por instinto possessivo.
O carro era silencioso, mas o barulho na minha cabeça era ensurdecedor.
— Você não tinha o direito de fazer isso — a voz de Mia, finalmente. Estava trêmula, mas carregada de dignidade.
— Eu tinha todo o direito. Você estava sendo assediada, Mia. — Eu tentei manter a voz fria, profissional, mas a máscara estava escorregando.
— Eu estava sendo inconvenientemente abordada por um desconhecido em um bar. Eu saberia lidar com isso. Mas você me tirou de lá como se eu fosse... sua.
O uso da palavra "sua" me acertou em cheio. Era exatamente o que eu sentia. Não profissionalmente, mas... em um nível muito mais perigoso.
— Não venha com essa história de profission