Eu quase corri do auditório, com o arranjo de flores na mão. Um buquê de rosas vermelhas, perfeito, mas completamente desconexo com o momento. O cartão estava ali, visível, e ele me pediu para ler sozinha.
Ele veio até aqui para me trazer um buquê de flores, no meu primeiro dia de trabalho.
E mesmo que eu tenha achado completamente doentio da parte dele, eu ainda fingi que gostei. Eu precisei agir com educação, para não criar uma cena.
Sentei na recepção e peguei o cartão.
Eu estou disposto a te dar o mundo, se você me der uma chance.
Te amo.
Marco
Revirei os olhos com o peso da mensagem, que me atingiu de uma força inesperada.
O Marco não parece ter entendido. Ele continuava preso a esperanças que eu nunca dei.
Fomos péssimos um para o outro, e ele ainda queria tentar de novo.
Olhei para as flores, eram lindas. Vermelhas e brilhantes.
Respirei fundo.
Até quando esse homem vai me perturbar?
Mas eu não deixei que nada se refletisse no meu rosto. Sorri levemente, tentando manter