Isa
Eu não procurei entender, apenas aceitar, o fato de que eu estou me sentindo segura nos braços dele. Não tentei entender também como vim parar aqui, apenas aproveito o cuidado que ele toma em me acalmar, enquanto o meu coração doía intensamente.
Eu magoei o meu pai e isso parece irreversível. Eu deixei que ele sonhasse com a minha presença aqui, para jogar um balde de água fria na cara dele. Eu poderia ter dito antes, poderia ter dito a anos atrás, mas a cada ano que passava eu tinha menos coragem.
- Está mais calma? - Respirei fundo absorvendo aquela voz gostosa, e mesmo relutante, eu me afastei.
- Sim, obrigada por… - Eu não sabia bem sobre o que eu deveria agradecer. - Enfim, obrigada.
Eu levantei o olhar e finalmente estava no controle das minhas emoções o suficiente para observar a beleza dele. Deveria ser proibido ser tão lindo.
- Eu preciso ir… - Falei e ele respirou fundo.
- Na verdade, esperava conseguir conversar com você. - Acho que ele viu a dúvida na minha expres