Não, eu não gostaria de explicar por que eu tinha atendido ao telefone particular dele. Mas aparentemente eu precisava fazê-lo porque tinha uma certa impaciência no olhar de Vitor que ele raramente dirigia a mim. Por sorte, eu tinha a desculpa perfeita.
— Força do hábito. Sou sua secretária. Desculpa se causei uma confusão. — Minha voz sai mais firme do que eu me sinto por dentro.
— Tudo bem... — Ele responde, seus olhos relaxando, a luz suave do restaurante refletindo em seu rosto, tornando-o menos severo. — É só que... Marina me tira do sério.
— Foi Clara quem ligou... — explico.
— É claro que foi, Marina a obriga. Ela sabe que não atendo quando sei que é ela.
— E você... não tinha avisado que me traria junto nessa viagem?
— O quê? Não! Eu não devo expli