98. O Mistério do Marido Desaparecido
Alexander parecia exausto demais para qualquer coisa quando me puxou para o quarto, então imaginei que ele queria se desculpar por me esquecer por horas. No entanto, vovó, com seus pensamentos peculiares, parecia conhecê-lo melhor do que eu. Mal ele fechou a porta, e já começou a “trabalhar”.
— O que você está fazendo? — perguntei, tentando me desvencilhar enquanto ele me puxava contra si.
Seus braços me apertaram ainda mais, e ele respondeu com um beijo suave na minha bochecha. Era inegável que algo o deixava genuinamente feliz. Mesmo sem ver seu rosto direito — afinal, alguém esqueceu de acender as luzes —, percebi sua satisfação.
— Alexander, aconteceu alguma coisa? — insisti, segurando seu rosto com as mãos para interromper os beijos.
Ele finalmente parou, embora eu sentisse seu sorriso largo debaixo das palmas das minhas mãos. Então, ele murmurou:
— Obrigado.
Foi quando entendi. Era raro vê-lo tão vulnerável, tão… humano. Meu sorriso veio sem que eu sequer percebesse.