109. Entre Punhos na Mesa e Corações Feridos
A porta da sala de jantar se abriu de repente, revelando Alexander entrando com passos firmes, seguido por Pedro. Eu quase deixei cair o garfo de tão surpresa. Ele havia insistido que voltaria tarde, alegando estar sobrecarregado de reuniões.
— Já terminou suas reuniões? — perguntei, cruzando os braços enquanto ele se sentava ao meu lado com uma tranquilidade que só ele conseguia exibir em momentos de caos.
Ele assentiu, verificando o relógio em seu celular antes de lançar um olhar crítico ao meu prato intocado.
— As estradas estavam congestionadas. Caso contrário, teríamos chegado mais cedo. — Seus olhos voltaram ao meu prato. — Vejo que não estamos atrasados para o jantar. Você ainda nem começou a comer.
Minha avó, com seu radar afiado para intervenções desnecessárias, não perdeu a oportunidade.
— Não, você está atrasado, sim! Eu sou uma devoradora lenta e meu prato já está vazio! — Ela apontou o garfo como uma adaga. — As jovens de hoje em dia são fracas de coração. Basta