Encarei, boquiaberta, enquanto Dominic estendia a mão para mim com um sorriso confiante em seu rosto.
— Estou acompanhada. — respondi, esbaforida.
— Não parece que está.
A confiança dele quase beirava a arrogância, pois não retirou a mão mesmo depois da minha negativa. Mantinha-a estendida entre nós, firme, como se tivesse certeza de que eu acabaria cedendo. O sorriso confiante em seus lábios deixava claro que eu aceitaria dançar com ele.
— Sou casada.
— Seu marido sabe disso? — perguntou, desafiando-me.
Ofeguei, cada vez mais chocada com a sinceridade desconcertante dele.
— Isso não é da sua conta.
— Então faça ser da sua conta. Dê o troco para ele. Mostre que você não é invisível e que, se ele não a valorizar, eu serei o primeiro a provar que foi um idiota em deixar você sozinha. — Ele desafiou. — Vamos fazer assim: primeiro dançamos, depois nos casamos e, daqui a alguns meses, ele fica chorando pela mulher que perdeu.
Meus olhos se encontraram com o azul profundo dos olhos dele