Karen narrando
O carro foi deslizando devagar pela entrada da mansão, e eu não conseguia tirar os olhos daquilo tudo. A decoração estava simplesmente perfeita — os arranjos de flores em forma de bola, suspensos aqui e ali, davam um ar delicado e mágico ao jardim. As cores eram todas bem clarinhas, suaves, como se o próprio ar estivesse pintado em tons de branco, creme e um toque de rosa bem leve. A luz do sol, que já começava a se despedir, fazia tudo brilhar de um jeito especial, como se aquele momento tivesse sido feito só pra gente.
Meu peito começou a apertar e senti um nó na garganta. Antes mesmo de sair do carro, as lágrimas começaram a escorrer — silenciosas, quentes, misturadas com um sorriso que não saía do meu rosto. Era tudo tão real, tão bonito, que eu sabia que a vida nunca mais seria a mesma depois daquele dia.
Quando a porta se abriu, vi a Ana Kelly ali, com aquele olhar cheio de amor e calma que sempre me dava forças. Ela segurou minha mão com firmeza, me passando uma