Bárbara Narrando
Era pra ser eu.
Era pra ser eu.
Fiquei parada na frente do hotel olhando aquela cena, como se tivesse levado um soco no peitø. Anthony... com ela. A Ana Kelly toda cheia de pose, como se tivesse direito de andar do lado dele, como se fosse dona de alguma coisa que ela nem sabe como chegou ali.
Desgraçada.
Ele sabia que não era pra trazer ela. A gente tinha conversado, estava tudo encaminhado. Já tava tudo certo! E agora ela tá aqui na Itália? Do meu lado, dormindo com o homem que devia ser meu? Acha mesmo que eu vou aceitar isso calada?
Eu nunca perco. Nunca perdi pra ninguém. E não vai ser pra essa daí que vou começar.
— Você vai ter que me ajudar, Marcelo. — falei, invadindo o corredor privado do andar onde ele estava de vigia.
Ele ergueu os olhos do celular e cruzou os braços, de cara fechada.
— Não tenho nada com isso, Bárbara. Meu trabalho é cuidar do patrão, não dos dramas dele.
— Não finge que não sabe! — rosnei, andando até ele. — A gente tinha um plano, caral