Cris
Transar com Arthur foi uma experiência e tanto e eu confesso que estou envergonhada, mas não arrependida. Afinal o homem é lindo e muito gentil comigo. - Arthur eu sinto muito... comecei a me desculpar sem graça. - Eu não sinto, estou honrado em ser o seu primeiro homem. Te desejei na minha cama antes mesmo de saber quem você era. Ela me olha confusa e eu explico. - No dia em que chegou eu te vi ao descer do ônibus. Como eu queria te encontrar e te conhecer. E naquela noite eu te encontrei, mas descobri que já tinha outro. Não entendo como esteve em um relacionamento por tanto tempo e era virgem. - Eu não quis, mas também não me arrependo. acho que não era a hora. Com o Gui eu sempre me esquivei de ir para a cama e agora entendo que ele nunca me causou esse desejo incontrolável. Estou sem saber como encarar o Arthur e ao mesmo tempo louca para me aninhar em seus braços. E quando já não sei o que dizer para me desculpar ele vem com a pílula do dia seguinte e confessa que me desejava antes mesmo de eu me atirar sobre ele. Estou congelada sem saber o que fazer ou dizer, tudo aconteceu muito rápido e eu não sei como lidar com a situação nesse momento. Minha cabeça está uma bagunça e eu já não estou chateada pelo fim do meu noivado. - Está me ouvindo Cris? Saio do meu devaneio com a voz do Arthur que parece estar me chamando a algum tempo. - Me perdoa eu estou muito confusa no momento. - Eu entendo Cris. Mas por favor não me odeie, eu não quis me aproveitar de você. - Não te culpo por nada. Eu e que me atirei em cima de você. Estou tão envergonhada. - Cris foi um ato de dois e eu faria tudo de novo se você quisesse .Eu quero você, não para sexo, mas quero tentar um relacionamento. O que me diz? Aí meu Deus, está indo muito rápido e não sei o que responder. Acabei de terminar um noivado e não estou pronta para dar uma resposta agora. - Eu não sei Arthur. Preciso colocar a cabeça no lugar, acho que estou muito emotiva agora. Eu realmente me sinto assim. Não quero tomar nenhuma decisão precipitada e me arrepender depois. Arthur me abraça apertado e eu não tenho vontade de sair de seus braços. - Então vamos deixar acontecer. Ele me diz e eu concordo com a cabeça antes de sentir seus lábios em busca dos meus. - Venha, você deve estar com fome. Agora me dou conta de que depois que almocei não comi mais nada. Mas não estou com fome no momento. - Eu não estou com fome. - Mas tem que comer alguma coisa. Não se castigue por um homem que não vale a pena Cris. Eu nem estou me lembrando que o Guilherme existe. E incrível mas pelo menos agora eu não estou com raiva ou triste. Eu só tenho vontade de ficar nos braços do Arthur e me deleitar com seus beijos. - Eu não vou, você tem toda razão. Ele beija o topo da minha cabeça e sai me puxando do quarto. - Vamos comer um pouco assim mesmo. Arthur comprou comida e o cheiro estava muito bom. Ele colocou os pratos na mesa e foi abrindo as marmitas uma a uma. É comida demais para duas pessoas. - Você deve ter um apetite voraz. Ele me deu um sorriso antes de explicar. - Não sei o que você gosta, então trouxe um pouco de tudo. - Como praticamente de tudo, não precisava incomodar. Apesar de dizer que estava sem apetite, comi bem e pouco sobrou do banquete. Me levantei e recolhi a louça me preparando para lavar. - Pode deixar que eu limpo tudo. Vá descansar um pouco. - Eu lavo e você seca. E assim, rapidamente estava tudo limpo e guardado. - Você quer dar uma volta? - Pode ser. Saímos da casa e caminhamos até o lago de mãos dadas. Era estranho, mas ao mesmo tempo muito gostoso. A brisa vinda do lago me fez sentir frio e sem perceber me aproximei mais do Arthur em busca de calor. Com um sorriso ele me abraçou puxando meu corpo junto ao seu. Apoiei minha cabeça em seu peito e fiquei contemplando o brilho do lago. - E lindo! Eu nunca vim aqui a noite. - Um lugar gostoso para namorar. Eu me peguei a pensar quantas mulheres ele trouxe aqui para namorar e senti o meu humor afetado.