O silêncio na sala era ensurdecedor. Damon encarava o recibo de sepultura em suas mãos, suas pupilas se contraindo enquanto as palavras começavam a fazer sentido.
“Bebê Blackwood... Túmulo... Pago integralmente...”
As mãos dele começaram a tremer. Por um breve momento, eu vi algo rachar em sua expressão — um lampejo de medo. Um vislumbre de percepção começando a emergir.
Então Serena arrancou o papel de suas mãos.
— Meu Deus, Damon! Olha só isso! — Ela balançou o recibo dramaticamente. — Diz que é para o “Bebê Blackwood”! Por que alguém compraria um túmulo para uma criança perfeitamente saudável?
A voz dela era puro veneno disfarçado de preocupação.
— A menos que... A menos que isso seja algum tipo de jogo psicológico doentio que ela está usando para chamar sua atenção.
O rosto de Damon passou por uma sequência de emoções — confusão, negação e, finalmente, raiva. Ele pegou o recibo e o bateu contra o meu rosto com tanta força que a borda do papel cortou minha bochecha.