POV CALEB
Meus dedos apertaram os lençóis, os nós dos dedos ficando brancos. Eu podia sentir o cheiro dela na minha memória, podia lembrar do toque suave de sua pele contra minha língua. Mesmo após dias, mesmo depois de incontáveis banhos, de noites em claro tentando sufocar essa lembrança. Ela estava embaixo da minha pele, dentro dos meus ossos. Como uma maldição que eu mesmo cravei em minha carne.
O desejo de tê-la, de senti-la de novo, me consumia como uma febre que não passava. Mas o medo do que eu poderia fazer caso me aproximasse era ainda maior.
Eu estava preso entre a necessidade e a destruição.
A porta do meu quarto se escancarou sem aviso, e minha mãe entrou como uma tempestade, sua postura impecável contrastando com a frieza em seus olhos.
— Já lhe dei tempo suficiente para remoer sua miséria, Caleb. Agora, é hora de cumprir seu papel. — Sua voz era cortante, carregada de impaciência.
Cruzei os braços, observando-a sem interesse.
— E qual tormento planejou desta vez? — Minha