Capítulo 65 — Eu quero guerra
Narrador:
Eros segurou-a pela nuca com uma mão firme, como se tivesse esperado por aquele momento a noite toda, o mês todo, a vida toda. Ele encurtou a distância em um segundo e, quando seus lábios tocaram os dela, não havia mais mundo. Não havia passado nem futuro, apenas o agora, aquele instante carregado de raiva, desejo e verdade.
Ele a beijou como se fosse a única forma de se explicar, como se as palavras já não fossem suficientes. Com os dentes, com a língua, com a respiração ofegante. Ele afundou os dedos em seus cabelos enquanto seu corpo se colava ao dela, apagando qualquer resquício de orgulho.
Sasha respondeu com a mesma necessidade. Ela o beijou de volta como se sua vida dependesse disso, agarrando-se à camisa dele, sentindo o medo, a raiva, tudo se render.
Foi um beijo desordenado, selvagem, encharcado de emoções. Daqueles que molham os lábios, que deixam marcas, que fazem as pernas tremerem.
Quando se separaram, apenas um centímetro, ambos es