Às vezes é mais fácil falar do que fazer.
Django livre
A porta é aberta e já sei de quem se trata, apenas uma pessoa se atreve a entrar na minha sala sem ser comunicada. Com os olhos fechados pergunto:
— O que quer, Tessa?
— Nossa, irmãozinho! Será que não posso mais visitar o meu irmão no trabalho?
Abro meus olhos e encaro a loira de olhos azuis, tão semelhantes aos meus, na minha frente. Minha irmã é a única pessoa que amo na minha vida miserável. Quando nossos pais morreram, Tessa tinha apenas cinco anos, cuidei dela como uma filha, confesso que a mimei demais. Ela é a única mulher que me desafia e fica por isso mesmo. Coloco meus cotovelos sobre a mesa e encaro minha irmã, sentada na minha mesa sorrindo para mim e digo:
— Vamos Tessa, tenho muito o que fazer!
— Nossa, cê tá azedo! Eu já disse qual é o seu problema, irmãozinho.
— Isso de novo, não!
Digo caminhando até o pequeno bar da minha sala, onde me sirvo uma bebida.
— Brandon, você já está com trinta e oito anos, precisa