CAPÍTULO SESSENTA E UM: ESSA É A MELHOR NOTÍCIA QUE EU PODERIA RECEBER.
POV CASPIAN.
Meu pai me acompanhou em silêncio enquanto eu saía da prisão. O ar lá fora parecia mais pesado do que nunca. Sem dizer uma palavra, deixei que meu lobo assumisse o controle. Precisava sentir o chão sob minhas patas, o vento cortando meu focinho, precisava correr. Meu pai me imitou. Ele sempre soube o momento exato de ficar em silêncio — e esse era um deles.
Correr pela floresta era como tentar fugir de mim mesmo. As árvores passavam em alta velocidade, como vultos borrados ao redor, mas nenhuma corrida seria rápida o suficiente para apagar o peso que carregava. As palavras daqueles dois ainda ecoavam em minha mente, e a culpa… Ah, a culpa me corroía como ácido nas veias.
Causei tanto mal à Gaia, a loba que amei desde que éramos somente filhotes. Por que permiti que meu ódio e minhas cicatrizes me dominassem? Por que fui fraco a esse ponto?
Quando nos aproximamos do centro da alcateia, uma necessidade urgente de fazer algo útil me dominou. Precisava esvaziar a mente. Preci