Ao ouvir essas palavras, uma camada de gelo encheu o olhar, profundamente sério, de Heitor:
- Verifique quem estava envolvido naquela época.
- Certo.
- Também verifique com quem Álvaro se encontrou nos últimos dias.
Depois de desligar o telefone, Heitor permaneceu imóvel, absorto em seus pensamentos por um longo período.
De repente, ele se lembrou de que Aurora sempre tinha o hábito de ter pesadelos.
Ela costumava chorar em seus sonhos, murmurando: “Não sou eu, eu não fiz isso.”.
A cada pesadelo, ela acordava suada e tremendo, se refugiando em seus braços, enquanto soluçava baixinho.
Ele já havia perguntado a ela a razão, mas Aurora nunca revelou o motivo.
Aparentemente, era por ter enfrentado um estímulo intenso que ela carregava essas sombras.
Recordando isso, o olhar de Heitor se intensificou com um frio ainda mais denso, enquanto ele retornava à sala de monitoramento.
Chegou exatamente quando ouvia Aurora conversando com seu pai:
- Pai, você sempre quis me ver casar, não pode volta