Heitor falou com voz rouca:
- Você cuidou bem da Aurora como eu pedi?
Branquinho, o cachorro, latiu duas vezes.
Ele colocou uma sacola no pescoço de Branquinho, sorrindo.
- Isso é um presente para você e para Aurora, você pode entregá-lo a ela por mim?
Branquinho grunhiu compreensivamente duas vezes, então correu em direção a Aurora.
Aurora tinha corrido cinco quilômetros, já estava cansada e suada, e ao ver Branquinho correndo em sua direção, se sentou no gramado.
Ela acariciou a cabeça de Branquinho suavemente.
- Eu não te disse para não aceitar coisas de estranhos? Por que você não obedece?
Ela riu enquanto tirava a sacola do pescoço de Branquinho e estava prestes a abri-la quando ouviu aquela voz profunda e familiar.
- Fui eu quem deu, não foram outros.
O sorriso no rosto de Aurora congelou instantaneamente. Ela lentamente levantou os olhos e viu uma figura alta e ereta à sua frente. O homem estava vestido com uma camisa preta e calças cinza.
Suas feições, sob a luz amarela quen