Aurora respondeu sem hesitar:
- Exceto por isso, posso concordar com você.
Heitor segurou o queixo dela e sorriu suavemente:
- Mas é exatamente isso que eu desejo.
- Heitor, mesmo pensando que me aproximei de você com um propósito, zelei por você durante três anos. Não lhe devo nada, e você não tem razões para me impedir de partir.
Heitor observou o olhar determinado de Aurora, aquela boca que não se calava.
E o decote que aparecia e desaparecia.
Ele engoliu em seco, sem conseguir evitar.
Abraçou ela, apoiando o queixo em seu ombro, e falou com voz rouca:
- Então explique direito, como cuidou de mim?
Sua voz profunda e magnética fez o couro cabeludo de Aurora arrepiar, e sua mão invadiu indevidamente as roupas dela.
Aurora tentou se soltar, mas o aperto de Heitor a impedia.
Em desespero, baixou a cabeça e mordeu o ombro dele.
Depositou toda a sua tristeza e insatisfação naquela mordida.
Até sentir o gosto de sangue, então soltou.
Os olhos de Aurora se encheram de lágrimas, sua voz trêm