O silêncio antes da explosão - 1987

Há três dias eu não sabia o que era uma comida descente ou um banho. Me recusei a sair do lado de Yuri. Não me afastei dele nem mesmo quando os médicos me aconselharam à sair para tomar um ar. Eu sabia que aqueles dias eram os últimos e não queria perder um segundo. Diferente de Boris que preferiu não ver o processo doloroso do câncer em uma criança de perto, eu não conseguia me afastar.

A parte mais difícil foi quando ele parou de falar, de contar suas histórias ou fazer suas perguntas.

Ele havia acabado de acordar, mas seus olhos ainda estavam meio fechados. Estava magro e pálido, os dedos se enrolando fracamente no lençol branco do leito. Seus lábios finos como uma linha escondiam um sorriso que não existia mais. Dá última vez que havia lhe dado um banho seu corpo estava tão pequeno que parecia ter encolhido. Foi a última vez que o peg

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