Parte 6...
Ele a encarou em silêncio. Não importava mais se ela tinha escrito a carta, se tinha ligado. Já estava a par de tudo, das mentiras, da sujeira que fizeram com ela e que ele tinha participado também, querendo ou não.
A dor começou a incomodá-lo de novo. Sentia as pernas formigarem, pesadas. Os olhos ardiam e a cabeça latejava.
— Não consigo mover minhas pernas - reclamou baixo.
— Tenha calma. O acidente foi grave - disse suave, o encorajando — Daqui a pouco estará de pé. Ainda está fraco e tem que esperar a coluna melhorar por completo. O médico virá amanhã para vê-lo. Não se preocupe tanto. Relaxe a mente.
— Não está mentindo pra mim, está? - ele insistiu.
— Não - apertou seu braço — Tenho certeza de que vai sair dessa - se inclinou para ele — Seu filho gosta muito de jogar bola e de basquete.
Ele assentiu com um sorriso pequeno. Precisava sair daquela cama para ter mais tempo com seu filho.
— E depois disso, irá embora?
— Provavelmente.
— Quando desconfiei que havia algo e