“Tio, por que você tava com aquela cara?”, a pergunta direta fez o homem segurar o riso, com certeza ninguém nunca foi tão indiscreto com ele.
Alexander, sem perder o sorriso, respondeu com simplicidade:
“Às vezes, as coisas dos adultos me deixam um pouco chateado, a vida adulta é assim, sabia? Só trabalho e trabalho…”
“Não quero ser adulto não, parece chato”, comentou o menininho, entrando na sala sem ser convidado, girando nos calcanhares e fazendo um som de “oooo” enquanto olhava para tudo.
Ele fitava os móveis da sala com os olhos brilhando. Caminhando de um lado para o outro, ele apontava para a imensa porta de vidro que dava acesso à sala e inquiria:
“Por que essa porta é tão grande? Você nem é tão grande pra passar nela, tio.”
“Essa porta”, respondeu Alexander, gesticulando com a mão para abranger o espaço “foi feita para mostrar que aqui acontecem grandes coisas. E porque eu sou o chefe, o chefe sempre tem as coisas maiores.”
Alex sempre teve jeito com crianças, então estava s