Theo havia saído de fininho, como se tivesse um segredo do tamanho do mundo a cumprir. Com o jeitinho de quem quer ser levado a sério, o menininho andava pela empresa como se já tivesse herdado a postura dos adultos, passos firmes, olhar decidido e aquele ar de "eu sei o que estou fazendo", mesmo que seus pés pequeninos não fizessem ideia de onde o estavam levando. Cada canto do corredor parecia uma nova aventura para ele, as imensas portas eram misteriosas, as pessoas que lhe sorriam eram gentis e algumas vezes, alguém até parava para apertar suas bochechas.
Enquanto o relógio marcava o fim da manhã, Theo finalmente encontrou uma sala que lhe chamou atenção. Na frente da grande porta, ele parecia ainda mais pequenino, estendendo os bracinhos e ficando na ponta dos pés para tentar alcançar a maçaneta. Quando percebeu que não poderia alcançar a maçaneta, mesmo que tentasse de toda forma, decidiu bater, fechando a mãozinha e dando alguns toques impacientes na madeira.
“Olaaaaaa”, falav