Zeca não aguentou mais e desferiu um soco no rosto de Alexandre.

— Essa é a sua mãe biológica! Ela está à beira da morte, e você a impede de ir para o hospital? Você quer matar ela? Você ainda é humano?!

Nos três anos em que morou com a família Amorim, Melissa nunca tinha visto Zeca perder a paciência com alguém.

Era a primeira vez que ele falava de forma tão descontrolada com alguém.

Um filete de sangue surgiu no canto da boca de Alexandre.

Ele o limpou com o dorso da mão e, em seguida, sorriu com desdém.

— Zeca, você cuidou da minha mãe a vida inteira e conhece nossa família melhor do que ninguém. Me diga: sendo eu também filho dela, por que ela deu tudo ao meu irmão? Quando o Hugo morreu, ela passou a guardar tudo para o filho dele. E eu? Só sirvo para ser coadjuvante? Eu sou mesmo filho dela, Zeca? Me diga, eu realmente sou?

Ele nunca havia visto uma mãe tão parcial!

Quando Hugo ainda estava vivo, até conseguia suportar, pois pelo menos tinha o papel de coadjuvante.