Augusto,
Vitória tem tornado meus dias difíceis, começou a falar que devíamos morar em Goiânia, que eu posso ficar no escritório da fazenda por lá e que é melhor, o que ela não entende é que eu quero e eu gosto da fazenda.
— Está um charme meu peão! — Vitória fala alisando meu peitoral.
— Você também está bonita, vamos? — falo colocando meu chapéu.
Vamos em uma exposição de fazendas, Vitória está muito animada, estarão os maiores fazendeiros da região.
Cumprimentamos alguns conhecidos, e somos guiados até nossa mesa, o evento está lindo e muito bem organizado, somente as melhores fazendas estão presentes.
— Até que não é tão mequetrefe quanto imaginei que seria... — Vitória comenta com um meio sorriso.
— Você fala como se não tivesse o sangue da roça correndo sob suas veias, até onde eu sei a sua família é desse ramo desde muito antes de você. — Minha voz soa mais rude do que eu gostaria e ela faz cara de birra.
— Aí Augusto, não é porque eles vivem das terras que eu tenho de gostar!