Ao chegar na frente do elevador, a expressão de Solange se tornou indiferente.
— Vá ficar com a Hebe, eu vou voltar para descansar.
Yago franziu as sobrancelhas.
— Eu vou te levar de volta. Você passou a noite em claro, não ficaria tranquilo se te deixasse ir sozinha.
Solange deu um leve sorriso, seu olhar para ele cheio de sarcasmo.
— O pai da Hebe não está passando por uma cirurgia? Você está tranquilo com isso?
— Sol, para mim, ninguém é mais importante do que você.
Solange o encarou. O olhar de Yago estava cheio de amor, como sempre, mas ela já não sentia mais nenhuma emoção.
— Não diga esse tipo de coisa. Se mentir demais, vai acabar acreditando na própria mentira.
Yago estava prestes a responder, quando, de repente, uma voz embargada soou atrás dos dois:
— Yago... Meu pai... Ele...
Yago se virou e viu Hebe com os olhos cheios de lágrimas, parecendo desolada. Suas pupilas se contraíram involuntariamente, e sua mão, que estava ao lado do corpo, se apertou com