Davi viu tudo escurecer e caiu de joelhos no chão, murmurando:
— Não pode ser... não é possível...
O celular escorregou da mão dele e se espatifou no chão, a tela rachada.
— Davi, o que houve? Levanta! — Disse minha mãe, tentando puxá-lo.
Mas então ouviu a frase que a deixou em choque:
— A polícia ligou... disseram que a Ayla morreu.
— Que bobagem é essa?! — Gritou minha mãe, empurrando Davi com força, histérica.
— Como você ousa dizer algo tão horrível? A Ayla não pode estar morta!
— A Ayla... está morta.
Sem palavras, a família inteira correu desesperada até a delegacia,
rezando o caminho todo para que tudo não passasse de um engano.
Debaixo do lençol branco, uma mecha do meu cabelo loiro escapava pela lateral.
Com as mãos trêmulas e os olhos vermelhos de chorar, Davi puxou lentamente o pano que cobria meu corpo.
Ao ver o estado do meu cadáver — apodrecido e irreconhecível — sentiram o chão sumir debaixo dos pés.
— Ayla... não assusta a mamãe assim... A culpa foi da mamãe... por fav