No orfanato
— O que deseja, senhorita? — diz a diretora, olhando para mim.
— Bom, eu queria adotar uma criança — digo, colocando o Pedro no chão.
— A senhora tem preferência de alguma? — diz a diretora, ainda me observando.
— Sim, o nome dela é Pietra — digo, mantendo o olhar firme.
— Só um minutinho, vou lá buscar ela e já volto — diz a diretora, se retirando.
— Sim, senhora — digo, aguardando.
Passaram-se dez minutos e ela voltou com a Pietra.
— Maju, você está fazendo o que aqui? — diz a garotinha, surpresa.
— Eu vim te adotar, querida. Agora você vai morar com a gente — digo, sorrindo pra ela.
— Só você assinar aqui e já pode levar ela — diz a diretora, entregando uma caneta para mim.
— Sim, senhora — digo, assinando os papéis.
— Oi! Agora vamos ser irmãozinhos — diz Pedro, embolado, abraçando a Pietra.
— Sim! Eu vou poder chamar você de mamãe, Maju? — diz Pietra, muito feliz.
— Vai sim, minha princesa. Agora vamos, crianças — digo, pegando o Pedro no colo.
Depois que saímos do o