As palavras de Marcos eram carregadas de ironia, mas o coração de Sílvia parecia ter sido brutalmente apertado.
Ela olhava para Marcos, sentindo que o rosto dele lhe parecia estranhamente desconhecido.
Ele defendia Juliana dessa forma, ao ponto de, ao perceber um mero traço de dúvida dela, interromper com firmeza.
- Marcos... - Juliana percebeu, com os olhos já avermelhados, que se tornaram ainda mais vermelhos, como se finalmente entendesse a insinuação nas palavras de Sílvia, e falou com uma voz rouca. - Síl, você está me entendendo mal? Se quer perguntar algo, por que não fala diretamente?
- Eu não sou tão inteligente quanto você, não entendi o que quis dizer. - Ela concluiu, puxando docilmente a manga de Marcos. - Marcos, não fique bravo, a Síl tem enfrentado muitas coisas ruins ultimamente, deveríamos ser compreensivos.
Marcos ainda olhava para Sílvia, com uma voz baixa, disse:
- Você está me fazendo suspeitar que está apenas tentando ganhar tempo. - Ele olhou para o relógio, lem