Os dois estavam muito próximos, o leve cheiro de álcool de Marcos ainda flutuava em direção ao nariz de Sílvia.
Era bastante parecido com o álcool que Juliana tinha derramado em sua roupa há pouco.
Sílvia virou o rosto, franzindo ligeiramente a testa.
De alguma forma, essa sensação a deixava um tanto sufocada.
A mão de Marcos ainda estava em seu pescoço.
Sílvia pensou que Marcos poderia estar um pouco fora de si por causa do álcool, apertou os dentes, levantou a mão e retirou a dele de seu pescoço, recuando alguns passos e o advertiu friamente:
- Presidente Marcos, mantenha a compostura.
Os olhos de Marcos estavam sombrios, sem mostrar nenhuma emoção.
Ele apenas fixava o olhar em Sílvia, aqueles olhos escuros como tinta pareciam capazes de sugá-la para dentro.
Momentos depois, ele perguntou com a voz rouca:
- É só porque é um homem, você acha que pode?
Ele tinha bebido, sua respiração estava um pouco pesada enquanto falava e o canto de seus olhos estava levemente avermelhado pelo álc