A atmosfera constrangedora não durou muito.
Logo, amigos vieram cumprimentar Jorge, amenizando o clima.
Sílvia, agora, estava numa situação difícil, sem saber se deveria ficar ou ir.
Restou a ela, então, voltar a se sentar no sofá.
Os dois homens ricos ao lado perceberam que Sílvia não estava de bom humor e, sem demorar muito, se dirigiram para outro canto.
O ruído voltou a preencher o camarote, e, quando Bruna chegou com um copo de bebida, Sílvia se distraía olhando para o celular.
Bruna se sentou ao seu lado e disse:
- Sílvia, eles estão jogando cartas lá. Por que você não vai jogar também? Aliás, como o Enrico ainda não subiu?
As luzes do camarote, agora sombrias, ocultavam a expressão no rosto de Sílvia.
Ela respondeu com voz baixa:
- Vocês joguem, está bom.
Ela não tinha jantado e segurava a raiva desde a tarde.
Agora, seu estômago finalmente começava a doer.
Percebendo que ela realmente não estava interessada, Bruna não insistiu mais e foi procurar outra companhia para se dive