Eu fiz um leve aceno com a cabeça para o Alfa e a Luna, que estavam parados na porta:
— Desculpem, tenho algo para resolver. Preciso ir.
Sem esperar por uma resposta, eu me virei e saí.
Depois de caminhar alguns passos, senti como se todas as forças tivessem me abandonado. Me sentei no degrau de pedra, exausta.
Minha bochecha estava dormente, e um zumbido irritante tomava conta dos meus ouvidos. O tapa de Ethan não tinha sido leve.
Ele sempre foi assim, acreditando cegamente em qualquer coisa que lhe fosse dita por outros.
Kira sempre soube se fazer de vítima. Desde o ensino médio, ela tinha o hábito de me incriminar.
Uma vez, Kira ficou presa no banheiro, e eu entrei para ajudá-la. Mas, assim que Ethan apareceu, ela correu para os braços dele e acusou:
— Foi ela quem me trancou no banheiro.
Ethan nunca acreditou em mim.
— Precisa de uma carona?
A voz grave e firme de um homem interrompeu meus pensamentos.
Eu levantei a cabeça e vi um homem parado sob a luz do poste. Ele usava um longo