Ponto de vista da Kaia
Foram os rosnados que me despertaram, algo animal neles, mas eu não senti medo.
Não importava onde eu estivesse, eu não me preocupava com a minha segurança.
Mas eu não sabia o que esperar quando abri os olhos. A luz forte que me recebeu enquanto eu começava a acordar quase me cegou e me deu dor de cabeça.
A sensação que ardia no meu pescoço naquele momento, que me tirou daquele sono profundo, começou a esfriar. O que quer que fosse, era agradável, mesmo queimando.
Algo também cheirava delicioso, um aroma que ficou bem perto do meu nariz.
Enquanto meus olhos se adaptavam à claridade do quarto, um gemido escapou da minha garganta quando tentei falar, mas não saiu nenhuma palavra.
— Kaia? — Um homem bonito pulou na minha frente, minha visão ainda meio embaçada, e demorou um pouco para eu focar nele.
— Graças à deusa, você está bem. Tente não falar... — Uma mulher apareceu do outro lado, uma mulher que algo dentro de mim reconheceu, mas eu não sabia como.
— Vá chamar