Às sete horas, começo a me preparar para o jantar. Visto a primeira coisa que encontro. Um vestido azul-marinho, uma sandália preta. Sinto uma certa intranquilidade. Ando pelo quarto; não consigo ficar parada. Ainda sinto a sensação dos beijos de Zafir e os braços dele no meu corpo.
A imagem dele transtornado também não me sai da cabeça. Eu me sinto culpada. Só não o suficiente, por isso, no escuro, vou até a janela novamente.
Afasto só a fresta da minha cortina e olho para a sua casa.
Cortinas!? Ele puxou as cortinas?
Coloquei a mão na boca abafando um riso nervoso. Com um suspiro me afasto.
Não sei o que pensar.
Allah! Quão injusto é o nosso destino. Quando eu sinto algo realmente por alguém, ele está fora do meu alcance. Eu nem me preocupo mais com Samantha. Zafir não está pronto para amar, se ligar a alguém. Quando ele me beijou, foi por desejo animal, arrogância, dominância, não sei.
Allah! Esperei tanto por alguém como ele, mas há esse oceano entre nós. Uma vozinha interior me