Escuridão.
Ela estava por toda parte.
Nas paredes, no ar, dentro dela.
Yara despertou lentamente, seus sentidos ainda presos a um limbo indistinto entre sonho e realidade. Seu corpo desnudo estava pesado, a pele fria, como se tivesse sido arrancada da luz há muito tempo.
Tateou o chão úmido e rochoso, tentando se erguer, mas sua força parecia ter sido drenada. Havia uma sensação de vazio em seu peito, como se algo essencial tivesse sido arrancado de sua alma.
A fortaleza de Naaldlooyee não era feita apenas de pedra e sombras — era um cárcere que sugava a vontade de viver.
Aos poucos, a realidade desabou sobre ela.
Ela estava presa.
Sozinha.
E a escuridão ao redor sussurrava seu nome.
Os ecos de algo profano rastejav