A figura na armadura deu um passo, então outro, conforme filetes de trevas chiavam e estalavam em volta de si. Talvez esse não seja mais Donaldo, mas sim o mestre das artes das trevas, pensou Mapache. Os assassinos observavam de uma distância razoavelmente segura, entremeados em moitas ou atrás de árvores, os olhos arregalados, ponderando quanto ao próximo movimento.
A voz de Donaldo provocou.
– Então? O que estão esperando? Querem acabar comigo, não? Por que não terminar logo essa dança?
Ele pareceu sorrir sob o elmo conforme se aproximava.
— Tanto alarde para isto? Tanto planejamento para... hesitar?
Seu braço ergueu-se. Um gesto teatral. Nisso, das sombras que despontavam da floresta, trevas se alongaram, contorcendo-se em movimentos impossíveis, fluindo e dançando em volta como espectros num lago de sombras.
Ao se misturar às sombras, a silhueta blindada sumiu — num turbilhão de trevas.
Mapache olhou em volta, buscando antecipar qualquer investida.
— Venham. — A voz veio de todas