SAMANTHA VASCONSELOS
Sinto meu queixo cair. Eu não esperava vê-lo. Ele parece tão bem e tão diferente ao mesmo tempo.
— Oi, Samantha. Desculpa aparecer assim... – ele para quando me vê arrumada e faz uma expressão de surpresa. – Está esperando alguém?
Fico em conflito entre mentir e dizer a verdade. Acabo optando pela verdade.
— Na verdade, sim.
— Ah. – Ele coloca as mãos no bolso e parece decepcionado. – Eu, é... Posso voltar outra hora?
Forço um sorriso.
— Você tem o meu número.
Ele passa a mão pelos cabelos e sorri sem graça.
— Certo, entendi.
E vai em direção ao elevador. Fico na porta olhando até que o elevador saia do meu andar. Fecho a porta e me encosto nela. Céus, eu preciso me mudar para ontem.
Minutos depois a campainha toca novamente. Abro, e dessa vez é Dom. Puxo-o para dentro e bato a porta. Tranco. Agora sim.
— Nossa, calma!
Me viro para ele.
Cabelo molhando, camiseta preta marcando o corpo, calça jeans...
Sorrio.
— Oi.
Ele me avalia por um momento e, em seguida, coça a