16| Entre o prazer e a umidade.
Clarissa teve um momento de lucidez, apenas um segundo em que se perguntou se aquilo era o certo a fazer, e do chão, ajoelhada, contemplou os olhos que a olhavam de cima, um azul como gelo, quase cinza, mas não lhe transmitiam um frio, muito pelo contrário, um fogo intenso, um calor que ele sentia desde a parte inferior da barriga e que lhe subia pelas costas, enchendo—lhe o corpo de uma excitante mistura de confusão e morbidez.
Com as mãos ela acariciou seu abdômen marcado, e a mão grande dele pousou em seu ombro.
Ele não se importava mais com nada. Que diferença fariam as consequências se ele conseguisse remover o que estava preso entre o peito e as costas? Então ele fechou a boca e com os dentes mordeu lentamente o caroço que começava a crescer entre as pernas de Emanuel e quando o sentiu latejar na boca perdeu novamente o raciocínio.
Ela mordeu de novo, e de novo, enquanto não desviava o olhar dos olhos do homem e ele acariciava suavemente sua cabeça.
Com as mãos trêmulas, ele com