O som de uma porta sendo fechada trouxe Dafne de volta ao presente, num sobressalto, e um momento mais tarde Cézar apareceu.
- Sentiu minha falta, querida? – ele perguntou irônico. – Devo pedir desculpas por ter saído apressado daquele modo? Você parece bem triste e solitária, pequena Dafne. Mas a situação parecia séria.
- E era? – ela perguntou meio aérea.
- Para ser franco, sim, mas tudo está sob controle agora. O incêndio foi controlado, e meu engenheiro mais experiente está verificando os estragos e possíveis causas.
Sentando-se ao lado dela, que estava imóvel, com o coração batendo forte, Cézar estendeu o braço sobre o encosto do sofá. Voltando a cabeça para Dafne, ele perguntou.
- Em que você estava pensando quando entrei, que a fez parecer perdida e desolada?
- Eu... realmente não me lembro.
- Quer dizer que não quer me contar. Sempre considerei que uma esposa não devia ter segredos para seu marido. Você não acha?
- Mas ainda não sou sua esposa. – ela disse, baixando a cabeça.